quarta-feira, 31 de março de 2010

CONAE - QUARTO DIA

No quarto dia continuamos com as Plenárias de Eixos. Também fizemos uma bela homenagem ao Professor Afonso Pereira da Silva no auditório Master, que de forma emocionante, foi aplaudido de pé por educadores de todo o Brasil. Após a homenagem sorteamos vários livros de Afonso Pereira.
Agradecemos ao Professor Francisco das Chagas, Coordenador Geral da CONAE que permitiu que fizéssemos essa homenagem, propiciando assim que não só os participantes da CONAE mas também todo o Brasil conhecesse uma pouco mais desse grande homem e nome especial na história da Educação Brasileira. Tudo foi transmitido ao vivo pela TV MEC.
Vejam os vídeos:




Homenagem ao Professor Afonso Pereira da Silva na CONAE 2010



Sorteio dos livros do Professor Afonso Pereira da Silva

terça-feira, 30 de março de 2010

CONAE - TERCEIRO DIA

Iniciamos o terceiro dia na CONAE no painel: Políticas de Prevenção e de Atendimento à Saúde dos Trabalhadores em Educação


Os Livros do Professor Afonso Pereira da Silva e D.Pedro II e o jornalista Koseritz ficaram expostos no stand da Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado.

A Senadora Fátima Cleide, atual presidenta da Comissão,recebeu 3 livros do Professor Afonso Pereira da Silva e ficou de ajudar na realização de uma Sessão Solene em sua Homenagem.
Recebeu também de presente um livro D.Pedro II e o jornalista koseritz de autoria de Regina Gonçalves e Regis Lima de Almeida Rosa.
Agradecemos o apoio de Julio Linhares na divulgação dos livros. Valeu,mais uma vez, Júlio!
Na foto: Gersem Baniwa coma Professora Maria Rachel e a Professora Solange de Castro, sub secretária de Educação do Município de São João de Meriti.
Também no segundo dia participamos do Colóquio: Educação Escolar Indígena e Territorialidade.
O Professor Gersem José dos Santos Baniwa, primeiro professor indígena concursado da UFAM, atual Coordenador da Educação Escolar Indígena do MEC , deu um verdadeiro show!
A abordagem basicamente em cima da impossibilidade de uma Escola Intercultural Indígena sem referência territorial. Escola Indígena própria só tem sentido para fortalecer os valores, tradições, culturas, língua e isso só com a garantia de nosso espaço.
"Território não é apenas um conceito é um sentimento, referência ancestral"!
Não nos adequamos a política-administrativa Estados/Municípios. Nossa política educacional tem que ser por ETNIA!
Aberto o debate, foi unânime o pedido que a avaliação das escolas indígenas tem que ser repensada não podendo mais ser única.
Que temos que construir um sistema próprio de avaliação sim mas para uma escola efetivamente indígena, e hoje a nossa escola está muito dividida com a escola do branco .
Fizemos errado misturando tradição e modernidade. A Nossa Escola tem que dar conta do mundo branco e do mundo indígena e para dar conta do mundo branco teríamos que ter 730 dias por ano. Metade do tempo se dedica a ciência e outra metade à tradição.
E com metade do tempo se dedicando ao mundo do branco ficamos em desvantagem nos concursos públicos.
Reforcei os avanços na legislação e também na jurisprudência do STF.
E concordamos todos que temos que pensar por povo, sim! Se no Amazonas temos 64 povos, temos ter 64 projetos de escola, 64 linguístas especializados. É essa a idéia. A territorialidade não conflita com o sistema próprio que defendemos, pelo contrário é a base dele, é referência. Se completam!
Também palestrou a Professora Maria das Dores de Oliveira, Pankaruru, doutora em letras e linguística.
Pra quem já lutou 510 anos, a luta continua!

segunda-feira, 29 de março de 2010

CONAE 2010 - SEGUNDO DIA

No segundo dia de CONAE, tivemos no início da manhã o Painel: Construindo o Sistema Nacional Articulado de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação.
Em seguida passou-se a aprovação do Regimento Interno e a tarde deu-se início aos Colóquios. Cada Eixo teve em média 10 Colóquios com diversos temas cada.

No almoço com o cortejo dos Bonecos de Cabaça do Centro de Cultura Mamãe Taguá. Parabéns Tetê:levantando a bandeira do lixo.


Cobrado por toda a comunidade acadêmica já que se diz "o senador da educação", Cristovam Buarque resolveu marcar presença na CONAE nesse segundo dia.
A Comissão Organizadora o colocou na Mesa do Colóquio 1.1(Painel) O Papel do Estado na regulação da Educação.
Mas sua participação foi bastante polêmica. Buarque defendeu a necessidade de novo concurso para que todos os Professores passem a ser Servidores Federais. O que foi motivo de revolta de todos os delegados que já são concursados e estão há décadas no magistério.
Questionado pelo Professor Álvaro Bastos, do PDT do Rio de Janeiro, o que os professores que não passarem no novo concurso farão? Cristovam ficou sem resposta.
Cristovam também afirmou que nada tem a ver com o Educacionismo. Segundo ele, o Educacionismo é "de seus assessores". Mas questionado pela Professora Maria Rachel, porque, então, fez um livro, criando nova definição para o termo que já existe desde o século XIX, o senador também ficou sem resposta.

Foto: Com os companheiros Afonso e o vereador Reimont (PT/RJ) único vereador do Rio presente em todas as etapas da CONAE.

COMEÇA EM BRASÍLIA A CONAE 2010

Começou ontem à noite (28) a Conferência Nacional de Educação (Conae), que vai discutir propostas para um novo Plano Nacional de Educação (PNE) para os próximos 10 anos. Na próxima quinta-feira (1º), deve acontecer a plenária final, que vai definir quais delas serão encaminhadas como sugestões ao governo federal.
Cerca de 3 mil pessoas, entre delegados e observadores, vão tentar montar o esboço de um sistema nacional articulado de educação – uma espécie de “SUS [Sistema Único de Saúde] da educação.”
Atualmente, a área tem responsabilidades divididas entre estados, municípios e União. No sistema que tentará ser montado, as três esferas passariam a trabalhar integradas.
As definições tomadas na conferência não têm valor de lei ou passam a valer imediatamente. Elas serão apenas sugestões que serão feitas ao Ministério da Educação (MEC).
O novo PNE vai vigorar entre 2011 e 2020. É ele que traça as metas e as prioridades para a educação brasileira neste período. O atual plano termina neste ano.

O Ministro Haddad falou que está em nossas mãos, delegados, a importante missão de reescrever a história da Educação Brasileira.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Índios do Xingu fazem treinamento com bombeiros de elite dos EUA

Vinte e cinco indígenas de quatro etnias participam de encontro.Instrutores enfatizaram importância da prevenção das queimadas.

Indígenas e bombeiros de Mato Grosso acompanham a explicação dos americanos. (Foto: Kiabieti Metuktire/Divulgação)

Índios de quatro etnias do Xingu participaram de um treinamento com bombeiros “Hotshots” dos EUA - profissionais altamente especializados no combate a incêndios florestais em áreas protegidas, financiados por diferentes agências governamentais americanas.
Ao todo, 25 índios trumai, caiapós, juruna e panará, além de 20 bombeiros de Mato Grosso, estiveram reunidos entre 1º e 7 de março na aldeia Piaraçu, na Terra Indígena Capoto Jarina.

Segundo relata o tenente-coronel bombeiro Alessandro Mariano, coordenador do projeto de brigadas de bombeiros indígenas, os três americanos que fizeram o treinamento deram ênfase, em especial, à importância da prevenção dos incêndios florestais. Um antropólogo serviu de intérprete ente os índios e os instrutores estrangeiros.

No Xingu já há cerca de 50 indígenas treinados e equipados para combater as queimadas. A partir de maio, quando recomeça a temporada do fogo na Amazônia, eles devem mais uma vez se esforçar para evitar que incêndios destruam a mata em suas terras.
Em 2008, o cacique Raoni foi recebido em Brasília pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em reconhecimento ao trabalho dos bombeiros indígenas, pois conseguiram reduzir em 80% o número de queimadas entre 2007 e 2008 em sua região.

segunda-feira, 15 de março de 2010

domingo, 14 de março de 2010

Exposição Kuarup A última viagem de Orlando Villas Bôas

KUARUP - A última viagem de Orlando Villas Bôas
fotos Renato Soares / acervo Família de Orlando Villas Bôas




Abertura 13 de março de 2010 às 11h
Visitação: 14 de março a 11 de abril de 2010
terça a domingo das 9h às 21h
Entrada Franca
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé,111 - São Paulo - SP

quinta-feira, 11 de março de 2010

Vídeo nas Aldeias lança edição especial de Cineastas Indígenas, para escolas de ensino médio

Para receber gratuitamente o kit composto por cinco DVDs realizados por cineastas de cinco etnias indígenas,as escolas de ensino médio devem se cadastrar no site da Video nas Aldeias.
A coletânea é a primeira reunindo vídeos dos cineastas dos coletivos de cinema de cinco povos indígenas - Kuikuro, Panará, Huni Kui, Xavante e Ashaninka - e foi lançada em 2008 pela Vídeo nas Aldeias, que desde 1987 dedica-se a formar cineastas indígenas. A edição especial para 2010 está voltada às escolas do ensino médio e destaca-se por oferecer uma visão única da realidade indígena brasileira: o ponto de vista dos próprios indíos. O Vídeo nas Aldeias está cadastrando escolas de ensino médio que queiram receber gratuitamente a coleção de DVDs. Para tanto basta acessar o site Video nas Aldeias.
Além do box com os DVDs, as escolas irão receber um Guia para professores e alunos, com informações sobre cada um dos povos, fontes para pesquisa complementar e temas para discussão em sala de aula. A fonte de pesquisa utilizada pela Vídeo nas Aldeias foi o site Povos Indígenas no Brasil, do ISA.

Três mil escolas de ensino médio de todo o Brasil se comprometeram a utilizar os filmes em sala de aula, envolvendo o maior número possível de alunos nos debates. O Guia para alunos e professores também está disponível em formato digital no site www.videonasaldeias.org.br/forum.
A equipe da Vídeo nas aldeias e os cineastas indígenas que têm acesso à internet estarão conectados para responder perguntas e esclarecer dúvidas no fórum do site: www.videonasaldeias.org.br/forum.


terça-feira, 2 de março de 2010

Educação em modelo prisional não é educação

*Por Modesto C. Batista Neto

Ainda se respira uma certa atmosfera escravocrata residente nas prisões do Brasil. Grades melancólicas, campinhos de areia batida para divertir os prisioneiros e olhos atentos de carcereiros e guardas que observam tudo o que se passa. Portões fechados...

Muitos destes elementos que residem nas prisões também residem em escolas publicas espalhadas por todo o Brasil. Na cidade de Açu, Região do Vale no Rio Grande do Norte existe escolas que se assemelham a presídio em todas as dimensões. Banheiros sem portas e com fedentina insuportável. Portões fechados durante as aulas. Grades no lugar das portas. Um bebedouro feito com torneiras convencionais, servindo aos estudantes água salobra.

No Nordeste brasileiro e em estados como Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão as escolas publicas não são âmbitos propícios ao processo de aprendizagem e ainda podem prejudicar o desenvolvimento intelectual e educacional dos jovens estudantes.

Situações como as que aqui foram citadas são reais e em outros estados e cidades a realidade da educação pública é mais triste e calamitosa, especialmente em regiões onde possuem enchentes e alagamentos.

O Movimento Educacionista do Brasil (MEB) é uma ONG – pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter social, cultural e educacional – criada em 04 de Abril de 2009, na cidade de Indaiatuba, em São Paulo (SP), e com sede na cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro. O MEB é organizado através de Núcleos Educacionistas de âmbito estadual. A meta primordial do MEB é fazer da educação a primeira e verdadeira prioridade nacional. Para isso acontecer e ser efetivamente realizado é necessário que o Brasil mude o seu modelo de produção, valorize a docência, estabeleça critérios rígidos para funcionamento de escolas e torne todas as escolas do Brasil escolas que sejam de caráter federal e também dotadas com recursos do Orçamento da União.

No Rio de Janeiro durante o governo do ex-governador Leonel de Moura Brizola, o sociólogo e antropólogo Darcy Ribeiro iniciou o projeto chamado CIEP, onde as crianças e jovens tinham acesso a uma educação em tempo integral (8 horas) tendo acesso a atividades culturais, esportivas e a alimentação necessária para os estudantes. Hoje os IF – Institutos Federais, são escolas públicas federais de ensino técnico e superior de qualidade, entretanto a jornada educacional dos estudantes é de apenas um turno e mesmo assim o ingresso nos institutos federais é de difícil acesso pelo nível das provas que são apresentadas para a admissão (vestibular).

O que os sociólogos, psicólogos e cientistas dedicados a educação podem afirmar que é necessário reestruturar as escolas-prisões que estão infectando o país e excluindo – com uma péssima educação – uma significativa parcela de jovens brasileiros de participarem efetivamente da cidadania a que tem direito.

O Brasil jamais alcançará um sistema de produção e economia limpa e auto-sustentável enquanto não for fundamentado na produção do conhecimento e na busca incessante pela justiça social, via educação.

*Escritor , acadêmico e representante do MEB - Movimento Educacionista do Brasil no Rio Grande do Norte.