terça-feira, 30 de março de 2010

CONAE - TERCEIRO DIA

Iniciamos o terceiro dia na CONAE no painel: Políticas de Prevenção e de Atendimento à Saúde dos Trabalhadores em Educação


Os Livros do Professor Afonso Pereira da Silva e D.Pedro II e o jornalista Koseritz ficaram expostos no stand da Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado.

A Senadora Fátima Cleide, atual presidenta da Comissão,recebeu 3 livros do Professor Afonso Pereira da Silva e ficou de ajudar na realização de uma Sessão Solene em sua Homenagem.
Recebeu também de presente um livro D.Pedro II e o jornalista koseritz de autoria de Regina Gonçalves e Regis Lima de Almeida Rosa.
Agradecemos o apoio de Julio Linhares na divulgação dos livros. Valeu,mais uma vez, Júlio!
Na foto: Gersem Baniwa coma Professora Maria Rachel e a Professora Solange de Castro, sub secretária de Educação do Município de São João de Meriti.
Também no segundo dia participamos do Colóquio: Educação Escolar Indígena e Territorialidade.
O Professor Gersem José dos Santos Baniwa, primeiro professor indígena concursado da UFAM, atual Coordenador da Educação Escolar Indígena do MEC , deu um verdadeiro show!
A abordagem basicamente em cima da impossibilidade de uma Escola Intercultural Indígena sem referência territorial. Escola Indígena própria só tem sentido para fortalecer os valores, tradições, culturas, língua e isso só com a garantia de nosso espaço.
"Território não é apenas um conceito é um sentimento, referência ancestral"!
Não nos adequamos a política-administrativa Estados/Municípios. Nossa política educacional tem que ser por ETNIA!
Aberto o debate, foi unânime o pedido que a avaliação das escolas indígenas tem que ser repensada não podendo mais ser única.
Que temos que construir um sistema próprio de avaliação sim mas para uma escola efetivamente indígena, e hoje a nossa escola está muito dividida com a escola do branco .
Fizemos errado misturando tradição e modernidade. A Nossa Escola tem que dar conta do mundo branco e do mundo indígena e para dar conta do mundo branco teríamos que ter 730 dias por ano. Metade do tempo se dedica a ciência e outra metade à tradição.
E com metade do tempo se dedicando ao mundo do branco ficamos em desvantagem nos concursos públicos.
Reforcei os avanços na legislação e também na jurisprudência do STF.
E concordamos todos que temos que pensar por povo, sim! Se no Amazonas temos 64 povos, temos ter 64 projetos de escola, 64 linguístas especializados. É essa a idéia. A territorialidade não conflita com o sistema próprio que defendemos, pelo contrário é a base dele, é referência. Se completam!
Também palestrou a Professora Maria das Dores de Oliveira, Pankaruru, doutora em letras e linguística.
Pra quem já lutou 510 anos, a luta continua!

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